O presidente do Democratas, ex-governador Paulo Souto, prossegue nesse final de semana seu programa de visitas a municípios do interior do Estado. Ontem, Souto participou da II Feira das Cidades, em Guanambi, atendendo a um convite do prefeito e também ex-governador Nilo Coelho (PP), com quem o democrata deverá fechar uma aliança para as eleições de 2010. O ex-governador será acompanhado pelo senador César Borges, presidente do PR, o presidente do PSDB, Antonio Imbassahy, e os deputados federais ACM Neto, José Carlos Aleluia, José Rocha, João Almeida e Cláudio Cajado, além do ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho.
O convite para visita da comitiva do ex-governador Paulo Souto a Guanambi foi reafirmado durante o jantar oferecido pela família Magalhães ao governador Aécio Neves. O detalhe desse convite é que ele veio justamente quando o prefeito Nilo Coelho promove uma grande festa em sua cidade, poucos dias depois de o governador Jaques Wagner fechar uma aliança com o PP, o seu partido, para 2010. Esta semana, Nilo Coelho teria se desentendido com representantes do PCdoB e do PT da sua cidade e região, o que o levou a declarar que não subiria no mesmo palanque junto com eles na próxima eleição. Isso posto, Coelho, que foi vice na chapa de Waldir Pires em 1986 e chegou a assumir o governo do Estado, passa a ser um grande trunfo da oposição, comandando uma região onde ele tem grande influência.
Neste domingo (06), Paulo Souto participará da Vaquejada de Serrinha, uma das maiores festas do interior da Bahia. A mesma comitiva que visitou Guanambi ontem, estará ao lado do presidente do Democratas em Serrinha, com a incorporação do deputado federal Maurício Trindade (PR).
Com isso, pouco a pouco o senador César Borges segue furando as resistências para que ele feche uma aliança para apoiar Paulo Souto em 2010. Dos integrantes do PR, além de Mauricio Trindade, Borges já conta com os apoios certos do deputado federal José Rocha e dos estaduais Elmar Nascimento e Sandro Régis. Mas existe ainda a possibilidade de atração de outros parlamentares, que preferem aguardar o movimento dos ventos antes de se posicionarem.