Além de nós ilheenses termos que eleger governador e senador, escolheremos, em outubro próximo, precisamente daqui a doze meses, nosso candidato a deputado estadual e federal. E, se ao fazermos essa escolha não considerarmos o seu partido ou coligação, corremos o risco de votar em pessoas decentes e, no entanto, ajudarmos a eleger os piores políticos do nosso estado.
Diferentemente das eleições majoritárias – governador e senador -, nas quais os candidatos disputarão uma única vaga, nas proporcionais os candidatos disputarão várias vagas. O estado da Bahia, por exemplo, tem aproximadamente 9.1 milhões de eleitores e 39 vagas na Câmara Federal. Presumindo que 15% dos eleitores deixem de votar ou votem nulo, serão 7,4 milhão de votos válidos para eleger os 39 deputados federais: 190 mil votos por vaga (este número, que varia de um estado para outro, é o que se chama quociente eleitoral). Para entender por que tantas pessoas entram numa eleição que é tão difícil ganhar, é preciso conhecer as suas regras.
A explicação está em que as vagas são distribuídas conforme o total de votos dados aos candidatos do mesmo partido ou coligação. Ou seja, cada partido ou ‘frente’ coligada soma a votação de todos os seus candidatos mais os votos dados para as coligações proporcionais formadas e, a cada 190 mil votos, elege um deputado. A distribuição das vagas conquistadas é feita conforme a votação individual. Os candidatos mais votados do partido ou coligação ganham as vagas, ficando os seguintes mais votados como 1°, 2° e 3° suplentes.
É até possível que um candidato com apenas 500 votos consiga se eleger, enquanto um outro candidato que tenha 50 mil votos não consiga ficar nem na suplência. Tudo depende do partido e/ou das alianças, tendo como base o quociente eleitoral. Este é o Sistema eleitoral brasileiro. Se este processo é democrático ou não, é outra história. Mas convém indicar ao menos uma de suas vantagens. A vantagem é que, “em eleições proporcionais, não existe voto perdido”, exceto quando o partido ou coligação não obtém o tal quociente. Ou seja, ainda que o meu candidato preferido não seja eleito, meu voto ajudará a eleger alguém que, por ser filiado ao meu partido ou fazer parte da mesma coligação, deve ter a mesma bandeira.
A desvantagem é que o sistema favorece os políticos profissionais, que estimulam a candidatura de pessoas sem expressão política no estado (normalmente tem alguma apenas na cidade), só para trazerem votos ao seu partido e, consequentemente à aliança na proporcional. O pior de tudo em Ilhéus, é que todo mundo quer ser candidato a alguma coisa e, termina atrapalhando aqueles que realmente têm projetos, que sabem o que querem e tem condições de vitória. Quando esse alguém, conscientemente, se candidata a colaborar com o seu partido, não há problema. Quando, porém, essas pessoas se candidatam apenas na vaidade, com apoio financeiro de outros candidatos profissionais (normalmente de fora), falando apenas que é um bom sindicalista, que é um bom secretário, que é um bom presidente de uma agremiação política (mesmo que nanica), que não tem projetos e nem programas e, muitas vezes se se candidatando para colher dividendos amanhã, elas terminam jogando contra a democracia, tornando-se um contra-mão na história do pleito. Passadas as eleições, descobrem que foram usadas como alavancas eleitorais para políticos sem ética… Na realidade essas pessoas não passam de interesseiros, politiqueiros…mulas sem propósitos. Verdadeiras marionetes do espetáculo chamado política.
Esse é o nosso sistema eleitoral, as regras, os partidos e os políticos com suas vantagens e desvantagens. O importante não é apenas saber em quem votar, mas também saber qual o partido e a aliança. É preciso saber quem são os candidatos que compõe o seu partido e/ou coligação. Voto para deputado não se “perde”, porque conta como legenda para o partido escolhido. Por isso, mais uma vez alertamos: tão ou mais importante quanto se informar sobre as qualidades e aptidões pessoais do seu candidato, é conhecer os outros candidatos lançados pelo mesmo partido e/ou coligação, porque eles poderão ser eleitos pelo seu voto.
Em Ilhéus já se especula candidatos à Dep. Federal: Carlinhos Freitas, Raimundo Veloso, Cacá Colchões, Carlos Massarrolo, Alcides Kruschewsky, Magno Lavigne, Rúbia Carvalho e Mário Alexandre. Teoricamente, apenas um candidato, talvez, venceria a eleição. Eleger dois federais é utopia.
Se continuar com essa “ruma” de candidatos, a tendência é dividir e, Ilhéus ficar sem representante nenhum. Vaidade, gabolice, pose, sapato alto, interesses pessoais e uma oratória e ideologia barata, não vão levar ninguém a nada. Principalmente político sem articulação, sem propostas, sem traquejo e sem grana. Chega de delírios!
Ainda está em tempo de pensar, refletir e desistir.
Ainda está em tempo de evitar desgaste político e decepção nas urnas.
Ilhéus agradece!
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Uma resposta
Soube que Magno Lavigne, vai dobrar com Renato Costa a pedido de Gedel, é que Renato para consolidar a sua eleição precisa de 4.000 votos em Ilhéus, tendo um federal ajuda nesta empreitada. E tem mais Almir Melo Junior e Virginia Hage também entrariam em outras areás da cidade, ou seja nos distritos, aqui o federal dos 03 seria Lavigne.
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Soube que Magno Lavigne, vai dobrar com Renato Costa a pedido de Gedel, é que Renato para consolidar a sua eleição precisa de 4.000 votos em Ilhéus, tendo um federal ajuda nesta empreitada. E tem mais Almir Melo Junior e Virginia Hage também entrariam em outras areás da cidade, ou seja nos distritos, aqui o federal dos 03 seria Lavigne.