Por Emílio Gusmão.

O secretário de desenvolvimento econômico de Ilhéus, Alfredo Landim, pelo tudo indica, perdeu a compostura, deixou de lado o bom senso.

Landim insiste em misturar seus interesses pessoais, de empresário do ramo turístico, com os interesses públicos da sociedade ilheense.

Vamos aos fatos:

Landim determinou que os passeios oferecidos por sua empresa (Encantur) aos turistas que chegam em Ilhéus, através dos navios da MSC, concluam o trajeto em frente ao Bataclan, na avenida Dois de Julho. A mudança tem prejudicado o trânsito na área. O grande número de ônibus vem causando transtornos aos moradores do local, que não se cansam de reclamar.

A empresa LR, da empresária Avanir Duran, encerra o trajeto dos seus passeios na avenida Soares Lopes, local onde há muito espaço, não comprometendo o tráfego veicular.

A Encantur, do empresário/secretário Landim, vende passeios no solo, ou seja, aguarda o desembarque dos passageiros que chegam nos navios, para tentar impedi-los de contratar vans e táxis. Recentemente, foram encontrados em alguns navios da MSC, propagandas que aconselham os turistas  a não optarem por passeios contratados na “última hora”, fazendo uma referência indireta aos taxistas e motoristas de vans.

Segundo relatos de pessoas do meio, em junho deste ano (2009), durante o Salão de Turismo em São Paulo, o secretário, com o dedo em riste, teria prometido expulsar a empresária Avanir Duran, de Ilhéus, pessoa que, antes de Landim assumir a secretaria, tinha a preferência do receptivo oferecido no Porto do Malhado.

Na última quarta-feira (16), durante uma inauguração que contou com a presença do governador Jaques Wagner, Landim “foi pra cima” do radialista Vila Nova, interpelando-o sobre algumas críticas que o apresentador lhe dirigiu, em seu programa na rádio Conquista Fm. Sempre com o dedo em riste, Landim por pouco não partiu para as “vias de fato”, visando trocar  socos e pontapés.

O comportamento é descabido, pois não compete a um homem público tirar satisfações ou responder críticas no meio da rua, em locais abertos. A resposta deve ser dada com altivez, com civilidade e educação, nunca através do “pugilismo” ou “telecatch”.

Pelo que discorremos neste espaço, está mais do que claro que Landim deve explicações plausíveis. Estamos dispostos a publicar sua réplica.

Vale ressaltar que não temos luvas de box e não pretendemos alugar um ringue.