Por Evorah Landi.
Ora, estava eu a andar, – digo navegar pela internet – quando avistei um blog com uma lista de discussão imensa; falando sobre que? Agora é que vocês não adivinham mesmo! Bem, vamos lá, que se diga logo; falando sobre o nosso maior vendedor de livros: o mágico Paulo Coelho.
E explico este titulo que estou dando a ele, pela proeza que tem realizado em sua caminhada literária, que, não é pequena, digna de um grande bruxo mesmo; como diz esta informação que peguei lá no tal blog: Em 2003, Paulo Coelho entrou para o Guinness Book of Record como o autor que mais assinou livros em edições diferentes. Cinco anos depois, apareceu pela segunda vez no Guinness, por conta de “O Alquimista”, como o livro mais traduzido do mundo – 67 idiomas! Ele tem 20 livros publicados e já vendeu mais de 100 milhões de exemplares.
Falar que Paulo Coelho produz uma literatura barata, desapegada, frouxa, sem compromisso à realidade, onde os personagens não se sustentam pela suas tipicidades, em uma trama sujeita a todo tipo de abstrações, além do que, o descaso com a gramática portuguesa é de tal sorte que das duas uma; ou ele faz isto intencionalmente para enxovalhar o vernáculo, induzido de má fé aos seus leitores a que façam o mesmo, ou seus revisores na verdade vivem a pegar moscas. Falar tudo isso sobre o autor, a meu ver é chover em molhado.
Se, diante de uma critica tão feroz quanta esta, ele não perde fôlego e continua vendendo mais e mais livros, onde então está sua força? Qual a razão do seu sucesso?
Vou arriscar aqui duas hipóteses, e não digo que são originais, sem tentar me enveredar pelas sendas de critico literário sendo um autor, para que não me digam que esta função é própria de um escritor que não deu certo.
A primeira delas é o desprendimento com que faz a obra para torná-la uma leitura fácil, e com isso conquistar leitores que antes jamais haviam pegado em um livro. E, aí neste quesito que poderia ser um defeito, eu enxergo uma qualidade: ensinar este povo do Brasil a ler, mesmo que seja em português errado.
Segunda e ultima, toda narrativa dele tem sempre alguém que sofre e sai a cumprir uma missão, ou um ritual, e no meio desta caminhada a historia toma outra estrada diferente, bifurcando-se para um sentido moral, onde o leitor pode aproveitar para tirar lições de vida; ou seja, ele compra um livro de ficção e ganha como brinde outro de auto-ajuda embutido no meio. Neste ponto não existe nada de mal também, pois vender livros é o que realmente importa! E, digo mais, se o Mago premeditou este tipo de arranjo para suas obras, foi de uma perspicácia comercial notável. Coisa de feitiçaria mesmo.
Abra-te Sésamo!… E o caminho da fortuna e fama estava escancarado para o nosso Bruxo, que ainda temperou a sua obra com condimentos extremamente palatáveis, como sexo, religiosidade, magia, espiritualidade, Deus e o Diabo misturando-se numa salada indigesta de filosofia barata, tais como as encontradiças nos velhos Almanaques do medicamento Capivarol, fabricado com o óleo da capivara e considerado então milagroso! Haja sincretismo.
O prodígio é tão grande que até quem não gosta de sua obra o lê; o meu caso, por exemplo, li tudo, ou melhor, quase tudo, porque o sacrifício não foi pequeno! Sendo que o resultado do esforço resumiu-se nesta lauda que agora escrevo.
Pela minha parte, se antes de conhecê-lo lhe era totalmente indiferente, agora que o li acho até que o invejo! Se pudesse imitá-lo, assim descaradamente, tocaria fogo em todos os livros que escrevi falando da vida como ela é; mostrando um mundo real de sombras, onde não existem perspectivas alguma para alguém ser feliz!
Paulo Coelho, em sua obra prega exatamente o inverso, e aí onde está sua genialidade comercial, aponta para o fato das dificuldades, mas deixa a porta aberta para um mundo ilusório onde todos superarão os seus medos e encontrarão a tão sonhada felicidade.
Voilá… Eis aí o caminho do sucesso! Todos gostam disso. Mas, os últimos lançamentos do Mago não venderam tanto, e ele mudou de Editora e lança recentemente o seu livro “O Aleph”, cujo titulo não tem nada de original, pois é homônimo ao do autor Argentino Jorge Luis Borges escrito em 1945 – um livro de contos fantásticos – O Aleph é a primeira letra do alfabeto hebraico e representa no conto de Borges o ponto do espaço que abarca toda a realidade do universo num local bastante inusitado: no porão de um casarão situado em Buenos Aires, prestes a ser demolido.
O Aleph de Paulo Coelho, como ele mesmo fala: “O Aleph conta a história real de minha viagem em 2006, em busca de um reino espiritual que já não conseguia mais reconhecer. Entretanto, o personagem mais importante da história, que me conduziu de novo a este reino, não foi um mestre ou um grande sábio, mas uma menina de 21 anos que me acompanhou na ferrovia Transiberiana, de Moscou a Vladivostok. No fundo, o livro é a história de nosso encontro de todas as conseqüências que isso provocou na minha vida e da vida de Hilal (nome da moça)”.
Ainda não li o livro, mas pelo que consta é o retorno de Paulo Coelho às origens; – ao tempo de O Alquimista – narrando na primeira pessoa, ele vai em busca de um aperfeiçoamento; uma missão que o Mestre sem duvida cumprirá e tentará encantar seus leitores com muita espiritualidade, e palavras de auto-ajuda; o que deve estar conseguindo, pois o livro já está em primeiro lugar entre os mais vendidos no Brasil!…
Conclusão: Paulo Coelho é um gênio e merece o Nobel de Literatura? Ou é um embuste, e como tal deve ser execrado pelos seus leitores e críticos?
Com a palavra os milhões de fãs que ele tem pelo mundo todo!
“Podia haver prêmios literários conferidos a escritores para que não escrevessem.” (Afonso Lopes Vieira, Nova Demanda do Gral, pág. 319)
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Respostas de 7
Genio ou embuste ??
A editora do escritor, pediu para a escritora cearence Raquel de Queiroz prefaciar um dos livros do Paulo Coelho.
Rachel recebeu os originais e dez dias depois devolveu-os, com um pedido de desculpas,alegando que deixou de prefaciar o referido livro por não ter conseguido lê-lo alem da décima página.
E agora José….
Fernando Florencio
Ilheu8s/Ba
E olhe que Raquel de Queiroz foi, e é uma
das maiores escritoras deste País! Se ela
“refugou” o livro é porque devia ser muito
indigesto mesmo!…
Poucas vezes vi uma crítica literária tão frouxa e contraditória. Além disso, só encontrei recortes na internet sobre Evorah Landi com links para este blog. Haja embuste! Fala sério, sujeito!
Interessante…gostei da resenha.
A julgar pelo teor de suas palavras,
creio que o amigo Mário não seja capaz
de nos apresentar nem um parágrafo de
sua autoria igual a este aí. Fácil
criticar sem conhecimento.Talvez queira
nos mostrar as contradições e as coisas
frouxas que você encontrou. Só assim
saberemos se já leu algum livro em sua vida;
além de gibís e revistas pornográficas!Claro.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
euri xDD
Prefiro nao comentar !
É pra rir mesmo… se não fosse trágico!
Bem, em 1º lugar estou bem atrasado quando á resposta aos demais,vejo que já se passaram alguns anos desde de o último post, mas vamos ao que interessa, até hoje consegui ler apenas um livro de Paulo Coelho que foi “O MAGO”, isso foi em 1990 e foi terrível conseguir termina-lo, a estoria digo estoria sem “H” é muito pedante, qual se acha em qualquer livro de auto ajuda, bem como suas cronicas a qual li também a alguns anos em um site ou jornal, que falava sobre um “monge é uma prostituta”, á estoria é muito semelhante ao “mendigo e o dirigente de um centro espirita”, mudou o local é o tempo mas o conteúdo é o mesmo.
Findando o assunto, Paulo Coelho para mim é um gênio NÃO como escritor mas como marketing, pois vende o que todos sabem e já leram.