Médicos do pronto-socorro do Hospital São José, em Ilhéus, suspenderam o plantão, desde sexta-feira (30), porque não recebem o salário há dois meses. Com a paralisação, cerca de 150 usuários do SUS, que passam diariamente pela unidade, estão prejudicados.
O atraso nos pagamentos, segundo o secretário de Saúde, Uildson Nascimento, se deve a não renovação de um convênio assinado entre o hospital e a prefeitura em 2007, para ajudar no funcionamento da unidade”.
O auxílio financeiro do município foi definido em um termo de ajustamento de conduta (TAC), previsto na Lei 3.176/2005, mas que não foi renovado.
Já o provedor da Santa Casa, Eusignio Gesteira, diz que o TAC foi assinado por tempo indeterminado, e seria específico para pagamento dos médicos.
A prefeitura repassaria R$ 30 mil mensais e a Santa Casa arcaria com as demais despesas. “Sem a ajuda do município, não temos como manter o pronto atendimento”, afirma o provedor.
Também na segunda (03), houve uma reunião entre as duas partes, quando ficou definido o pagamento dos dois meses atrasados, mas isso ainda não garante a reabertura do pronto-socorro.

Uma resposta
O BARBEIRO
O florista foi ao barbeiro para cortar seu cabelo.
Após o corte perguntou ao barbeiro o valor do serviço e o barbeiro respondeu:
– Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
O florista ficou feliz e foi embora.
No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um buquê com uma dúzia de rosas na porta e uma nota de agradecimento do florista.
Mais tarde no mesmo dia veio um padeiro para cortar o cabelo. Após o corte, ao pagar, o barbeiro disse:
– Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
O padeiro ficou feliz e foi embora.
No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um cesto com pães e doces na porta e uma nota de agradecimento do padeiro.
Naquele terceiro dia veio um político para um corte de cabelo. Novamente, ao pedir para pagar, o barbeiro disse:
– Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
O político ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, quando o barbeiro veio abrir sua barbearia, havia dúzias de deputados, prefeitos, vereadores, agitados fazendo fila para cortar cabelo.
Essa é a diferença entre os cidadãos e os políticos.
“Os políticos e as fraldas devem ser trocados frequentemente e pela mesma razão.”
(Eça de Queiróz).
Pena que alguns cravam dentes, palpos e ventosas no bem público como sanguessugas e, quando exaurem sua presa viva; ficamos chocados com o vislumbrar das imensas crateras deixadas por cicatrizes onde sugaram ate à saciedade. Imensas úlceras varicosas que a poeira do tempo e a lentidão da Justiça se incumbem de sepultarem no esquecimento.
Lamentavelmente esse que ainda está aí no poder; que destruiu e “drenou” com seu séquito de esfaimados a nossa a nossa exaurida e achacada Ilhéus; que enganou continuamente a nossa boa fé como se um “bom moço” fosse. E num golpe de mestre às últimas horas, remonta sabiamente sua voraz oligarquia ao unirem-se com malas, balaclavas e pés-de-cabra com “petralhas”, vorazes como piranhas. A sublimação de valores se depura e aperfeiçoa agregando novos “valores”.
Os antigos membros cooptados de antes, que rotundos e pomposos ainda desfilam a porta do Palácio seus caríssimos automóveis importados, e o status quó de Nouveau Riche. Apagaram da memória o quando antes eram cavalgavam Chevettes demondêes e Fiats Unos minimalistas despojados. Eles agora estão reescolarisados e pós-graduados pelos experientes professores Petralhas adventícios. Certamente agora virão em seus helicópteros Bell e em SUS vistoso jatinhoa particulares Cesnas Citathion! É o progresso pessoal evidente e indisfarçado que chega a bom tempo para alguns.
É o “Poder Nu” evidenciado na materialidade política de Ilhéus, como descreve Bertrand Russel: “A definição do poder nu é psicológica, sendo que um governo pode agir a descoberto em relação a alguns de seus súditos e não em relação a outros.” O pior é o que fica semi-oculto, ou sujeito às ilações apriorísticas nada meritosas que brotam no intuitivo existencial da ralé votante.
Sinto-me um cidadão com direitos constitucionais tripudiados, oprimido por oligarcas corruptos e derrotado pela omissão dum Estado padrasto que deveria defender-me, mas não o faz por interesses condizentes aos mesmos. O Estado marcha célere contra o povo. Somos literalmente a massa que sustenta esse arcabouço que privilegia uns poucos em detrimento de todo povo.
Ate quando? Será que nunca aprenderemos a exercer, mesmo à força, todas as prerrogativas da nossa plena cidadania?