Por Marcos Pennha

Espetacular a repercussão da “Carta ao Jabes Ribeiro” (Reveja aqui:  https://blogdogusmao.com.br/2013/05/13/carta-ao-jabes-ribeiro/ ). Pessoas diversas concordaram com o conteúdo. Recebi opiniões, pessoalmente, bem como através do post do artigo e e-mail. É bom que se ressalte que tudo que escrevo é enviado o link às pessoas que conheço mais de perto, ou também o artigo, diretamente, no campo de mensagem, às que mantém comunicação comigo, apenas virtualmente. São aproximadamente 12 mil contatos de e-mail, adquiridos ao longo de 5 anos, que vão desde a gente simples até aquela conhecida publicamente, indo de políticos (com ou sem mandato), passando por líderes comunitários, artistas de diversas áreas, agentes da imprensa até os profissionais liberais de toda parte do globo terrestre. A informação é difundida rapidamente, em especial, quando se leva em consideração que há quem repasse aos seus amigos e conhecidos. 

A concordância do conteúdo do manifesto significa que a carta não é minha, exclusivamente. É nossa! Os pontos abordados dizem respeito a nós, simples cidadãos, que anseiam por equilíbrio no funcionamento de governo e casa legislativa, ocasionando, consequentemente, uma sociedade justa e sustentável para todos. 

O prefeito, nem qualquer outro detentor de mandato, não precisa ir aos meios de comunicação para responder aos questionamentos levantados. Conforme disse o articulista desse site, Mohammad Jamal: “… Contradiga-nos com trabalho e ações concretas; com empreendimentos voltados para as necessidades essenciais de toda nossa população, na saúde; educação; serviços urbanos; assistência social; comércio e indústria; infraestrutura, assistência aos moradores das áreas de risco, fiscalização competente e disciplinar, ordenamento efetivos na ocupação pelo comércio informal nas nossas ruas e praças etc …”

Confira aqui: https://blogdogusmao.com.br/2013/05/17/sobre-a-purgacao-das-verdades-indigestas/#more-99532 

Do mesmo modo, não tenho a pretensão de achar que o que escrevemos aqui, ali, lá e acolá seja o suficiente para promover mudanças significativas. O papel da publicação é tão somente o de informar e alertar aos que ainda não acordaram para a verdade, a qual eu não me intitulo como dono. O artigo ou matéria deve ser lido com o fim de análise. O leitor deve tirar a própria conclusão. Assim faz a gente que pensa. 

É importante que façamos mais do que alardear fatos. Em Ilhéus, há quem já venha agindo, em prol da coletividade, sem fazer alarde. Os processos movidos contra ex-prefeitos, pelo Ministério Público (MP), estão aí como exemplos. 

A população deve repudiar, com veemência, os atos inadequados dos políticos eleitos pelo voto popular. Na sessão de quarta-feira, 15 de maio, da Câmara Municipal de Ilhéus, foram votadas, pela terceira vez, as comissões técnicas permanentes. Aconteceu um fato vergonhoso: a debandada dos vereadores da bancada governista. Obtive informações, de fontes seguras, de que esses edis receberam ordem, por telefone, para que abandonassem o plenário, a fim de melar, mais uma vez, as votações. O presidente Josevaldo Machado (PC do B), o conhecido Dr. Jó, manteve pé firme até o final. 

A bem da verdade, Dr. Jó esteve pressionado, de um lado pelo governo, e de outro, pela Justiça, que lhe impôs a multa de R$ 1 mil por dia de votação não realizada, além do risco de ser detido por motivo de desobediência à determinação judicial.

Mais detalhes aqui: https://blogdogusmao.com.br/2013/05/18/dr-jo-pode-romper-com-o-governo/ 

Ficam perguntas no ar: Por que o executivo municipal teme a inclusão de vereadores da oposição nas principais comissões? Por que a insistência em manter esse posicionamento antidemocrático? Por que a intromissão do executivo nos atos do legislativo, sendo que se sabe que os poderes são independentes? 

É vergonhoso o comportamento dos vereadores que obedecem a ordens sabe lá de quem. Tenho conhecimento, mas não tanto quanto a dos autores de teatro Pawlo Cidade e Romualdo Lisboa. No entanto, penso na cena teatral de um malfeitor ditando ordens, produzindo o ruído do estalar do chicote no chão: Chlep. “(Chlep) Vem pra cá. (Chlep) Desce todo mundo. (Chlep) Fala isso. (Chlep) Fala aquilo. (Chlep) Faça assim. (Chlep) Faça assado. (Chlep) Ataca fulano (Chlep) …” O fundo musical seria o “Lelê, lelê, lelê, lelê, lelê. Vida de nego é difícil, é difícil comuquê …” 

Os vereadores Fábio Magal (PSC), James Costa (PMN) e Ivo Evangelista (PRB) fizeram ouvidos de mercador ao suposto estalar do chicote, respeitando aos cidadãos ilheenses, e, ao mesmo tempo, demonstraram solidariedade ao Dr. Jó. 

Vereadores, como o líder do governo Alzimário Belmonte, o conhecido Gurita, não podem deixar-se submeter a esses caprichos, que não representam o ideal da maioria do povo ilheense. Gurita, já no segundo mandato, tem uma atuação brilhante em muitas áreas, principalmente no que diz respeito a defesa de crianças, adolescentes e mulheres.

Confira um pouco do seu trabalho legislativo aqui: https://blogdogusmao.com.br/2013/05/07/em-quatro-anos-gurita-conseguiu-aprovar-vinte-e-nove-projetos-de-lei/ 

Os vereadores de oposição – não importa o motivo – estão de parabéns por terem feito prevalecer o respeito à lei. “O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética … O que me preocupa é o silêncio dos bons”. Assim disse, há muitos anos, o líder de movimentos  dos negros, que defendiam o fim da discriminação racial nos EUA, Martin Luther King. 

# Participe do Observatório Social do Brasil (OSB) de Ilhéus. Contate o Instituto Nossa Ilhéus (INI), e se informe pelo (73) 3086 5018 http://www.observatoriosocialdobrasil.org.br/ 

* Marcos Pennha atua como assessor de comunicação. É associado-fundador do Instituto Nossa Ilhéus (http://nossailheus.org.br/index.php ) e, acima de tudo, cidadão.

Leia outros artigos, aqui: https://blogdogusmao.com.br/category/marcos-pennha/

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