
Um ato reuniu ontem em Salvador servidores estaduais de diversas áreas. O protesto no Centro Administrativo da Bahia pressionou o governo Rui Costa (PT) a abrir uma mesa de negociação com os sindicatos.
A primeira reunião, no entanto, não produziu nenhum resultado, segundo nota publicada hoje (8) pela Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (ADUNEB).
Conforme os docentes, o governo informou que não pretende iniciar qualquer tipo de discussão formal antes de analisar as contas do primeiro quadrimestre de 2016.
De acordo com os professores, o “desrespeito do governo Rui Costa” vai aumentar as manifestações nas universidades estaduais da Bahia. A categoria promete uma “jornada de lutas” para defender suas reivindicações. Entre elas: o pagamento do reajuste linear de todo o funcionalismo, garantias de direitos trabalhistas aos professores (promoção e progressão) e servidores técnicos das universidades, política eficiente de permanência estudantil, ampliação do orçamento e aumento salarial para os docentes (15,5 %).
“Despreparo”
Segundo a ADUNEB, durante a reunião dessa quinta-feira, o representante da Secretaria de Educação (Paulo Fontes) demonstrou que não está preparado para desempenhar suas funções. Ele teria dito que aquele encontro não era uma abertura de negociação e que só estava ali porque fora obrigado por seus superiores. Conforme os professores, enquanto ignorava as reivindicações, Fontes “utilizava a mesa para fazer desenhos em um papel, sem prestar o devido respeito ao processo de negociação”.
Medo da greve
Os professores universitários realizaram uma greve de 86 dias no primeiro semestre de 2015. Estudantes temem que o impasse entre os servidores e o governo gere outra paralisação longa como a do ano passado.
