
A simples diminuição do diâmetro da Praça Cairu, obra realizada nesse mês pelo governo Jabes Ribeiro, chegou em boa hora para melhorar um pouco o trânsito no Centro de Ilhéus.
Por outro lado, há uma polêmica sobre a mudança drástica da paisagem. O governo não se contentou com o encolhimento da praça. Decidiu rebaixá-la à condição de rotatória, apesar de não ganhar mais espaço de pista com isso. Derrubou todas as árvores e arrancou as estruturas que eram utilizadas por pessoas em situação de rua, como um coreto.
O Ilhéus Online publicou uma montagem com o antes-e-depois da reforma paisagística (imagem acima). Segundo o Blog Agravo, o governo transformou a praça num “cemitério”.
Hoje (24), em entrevista ao programa O Tabuleiro (da rádio Conquista FM), o secretário de serviços urbanos da Prefeitura de Ilhéus, César Benevides, disse ao radialista Vila Nova que a Cairu não é mais uma praça. Virou apenas uma “rotatória”. Argumentou que outras cidades fizeram o mesmo.
César ainda apresentou outro argumento em defesa da reforma assinada pelo arquiteto Antonio Vieira, secretário de meio ambiente e urbanismo de Ilhéus. Antes, com os espaços cobertos, moradores de rua costumavam usar a Praça Cairu para fazer suas necessidades fisiológicas. Isso, explicou Benevides, deixava o lugar fedorento.

Respostas de 2
Sinceramente ficou uma porcaria ,parece um cemitério.
Caro Emílio,
O secretário de serviços urbanos da PMI, César Benevides, pode, até por dever de ofício, defender a reforma assinada pelo arquiteto Antônio Veira, que transformou a Praça Cairu numa rotatória de trânsito no centro da cidade.
Porém, argumentar que o corte das árvores se justifica porque “com os espaços cobertos, moradores de rua costumavam usar a Praça Cairu para fazer suas necessidades fisiológicas” e “isso…deixava o lugar fedorento” equivale ao teor da piada que diz que o marido chega em casa e encontra a mulher transando com outro no sofá. Indignado, ele vende o sofá.
Ou seja, sem a construção de sanitários públicos no centro de Ilhéus, que não foram previstos pelo arquiteto Antônio Vieira nem anunciados pelo secretário César Benevides, os moradores de rua, considerados pelos prepostos da Prefeitura como indignos da mínima assistência urbana, vão continuar a fazer suas necessidades fisiológicas na antiga Praça Cairu, agora rotatória, à luz do dia e sob o olhar incrédulo da população.Tenha absoluta certeza!
Att,
Dirceu Góes