Em entrevista ao programa Frequência Política, da Rádio Interativa FM, neste sábado (25), a secretária de saúde de Ilhéus, Sonilda Mello, expôs os graves problemas herdados da administração anterior, comandada por Mário Alexandre (PSD).

Segundo Sonilda, apenas duas das 70 unidades básicas de saúde atendem aos critérios exigidos pela Vigilância Sanitária. Sessenta e oito deveriam ser fechadas.

As demais, sem estrutura adequada, apresentam infiltrações, mofo e até infestação de ratos em equipamentos utilizados no atendimento à população.

A secretária também afirmou que a sede da pasta enfrenta risco de despejo por falta de pagamento do aluguel, acumulado ao longo de dois anos.

Além disso, médicos prestadores de serviço, contratados como pessoas jurídicas, estão sem receber desde setembro. A dívida soma R$ 8 milhões.

Em dezembro de 2024, a secretaria recebeu R$ 10 milhões do governo federal, mas parte dos recursos foram utilizados em transferências bancárias (TED’s), que estão sob investigação de auditoria. Cópias das operações bancárias foram encaminhadas à diretoria executiva do Conselho Municipal de Saúde.

O resultado da apuração das contas será encaminhado ao Ministério Público. A secretaria pediu que o DENASUS apure como o dinheiro foi usado.

Segundo Sonilda, a situação compromete o funcionamento da saúde pública no município. Apesar das dificuldades, ela disse que o governo Valderico vai recuperar o sistema.

Outro lado.

O BG enviou mensagens ao ex-prefeito, Mário Alexandre e ao ex-secretário de saúde, Eduardo Nora, sobre as declarações de Sonilda Mello. Até o fechamento desta matéria, eles não nos responderam.