Em novembro, o Ministério da Saúde divulgou que Ilhéus e Itabuna estão entre as dez cidades do país, em maior iminência de um surto epidêmico de dengue. O Blog do Gusmão vem hoje questionar e analisar quais as medidas tomadas pelos dois governos para solucionar o problema.
Em Itabuna, apesar dos erros cometidos, o prefeito Capitão Azevedo está buscando de várias formas a liquidação do transtorno. Convocou diversos setores da sociedade itabunense para combater o mosquito. Trezentos e cinquenta agentes foram contratados. A estimativa é de que até o final do ano, sejam visitados todos os lares da cidade.
O ciclo de visitas também foi alterado, para uma a cada trinta dias. Outro modo de exterminar o Aedes Aegypti é o disque-dengue, que está disponível pelo telefone (73) 3613-8508.
O prefeito, ao dizer que essa luta tinha que ser travada por todos, conseguiu o apoio de empresários para a compra de tampas para as caixas d’água.
A estimativa é de que Itabuna chegue a ficar com menos de 7% de infestação no verão.
Já em Ilhéus a situação está bastante diferente…
Aqui o nome mais citado é o do Presidente da câmara dos vereadores, Jailson Nascimento, que é acusado de “mandar” na secretaria de saúde e pedir a exoneração de vários funcionários competentes, para empregar seus apaniguados políticos.
Júlio Guzman, médico sanitarista que trabalhou no combate à doença, afirmou ao conselho municipal de saúde, que existe uma “turma da maquiagem”, que simplesmente apaga informações dos boletins e jogam no lixo as larvas dos mosquitos, encontradas nos lares ilheenses. Outro ponto a ser abordado é o da diminuição brusca da quantidade de visitas feitas pelos conhecidos “mata mosquitos”.
A prefeitura nesse momento está sofrendo um processo por descumprimento do termo de ajustamento de conduta. Isso ocorreu porque, ao invés de fazer um concurso sério para a contratação dos agentes de endemias, preferiu aplicar uma seleção desorganizada.
E o prefeito Newton Lima, aonde entra nessa história toda?
Não entra, esse é o problema. Acreditamos que se abateu uma profunda inércia no prefeito de Ilhéus, que não o deixa tomar nenhuma decisão em prol da cidade. O gestor ainda não se manifestou sobre o assunto, deixando seus munícipes ao “Deus dará”, largados à própria sorte.
Após todo esse histórico, fica ao seu critério definir quem realmente trabalha para combater o mosquito.