A Bahia, primeiro estado da federação a promover uma conferência estadual de comunicação, reunirá durante os dias 10 e 11 de junho, no Hotel Fiesta, seus blogueiros progressistas.
O BlogprogBahia, como o evento foi batizado, pode marcar um ponto de inflexão na mídia baiana. Se a qualidade da imprensa no Brasil é sofrível, na Bahia, o caso é desesperador. A imprensa baiana é ruim. Muito ruim. Dependente da imprensa paulista e carioca, os jornais baianos apegam-se às agências de notícias do sul maravilha como forma de economizar mão de obra. As agências custam menos que o salário de bons jornalistas e os custos inerentes às boas investigações. Por outro lado, com um mercado profissional tão restrito, poucos são os jornalistas baianos que ousam criticar a imprensa local.
Firma-se aí um grande pacto de mediocridade. Ninguém critica ninguém e tudo permanece onde sempre esteve.
A concessão de veículos de comunicação às velhas oligarquias políticas deixou, também aqui, um legado de desinformação atrelado às conveniências dos coronéis locais.
Eis então que a internet possibilitou a abertura de uma brecha histórica: o cidadão comum pôde, a partir da rede mundial de computadores, furar o cerco midiático e diversificar as fontes de notícia.
Cabe aos “blogues sujos” quebrar este pacto de mediocridade e mobilizar a sociedade baiana em defesa da liberdade de imprensa e de comunicação, bem como enfrentar as oligarquias políticas que se esmeram em manter o controle total sobre a imprensa.
O Recôncavo defende, e o fará durante o BlogprogBahia, o fortalecimento do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e de outras instituições progressistas dispostas a enfrentar este debate. Criar um braço do Barão de Itararé na Bahia é um passo importante para nossa articulação nacional em defesa da liberdade de imprensa e de comunicação.
A hora é de enfrentamento. É preciso que quebremos o grande silêncio sobre a nossa própria imprensa e enfrentemos os oligopólios midiáticos de sempre. O BlogprogBahia deve encarar estas questões e consolidar uma aliança de blogueiros progressistas organizados em torno de bandeiras comuns e objetivos estratégicos.
O BlogprogBahia vem aí para romper o medo, unificar os blogueiros progressistas baianos, quebrar o silêncio e sepultar o pacto de mediocridade que impera na imprensa baiana.
Charles Carmo
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Uma resposta
É isso aí, Caro Gusmão. Vamos passar a limpo essa história de liberdade de imprensa. Pode parecer um paradoxo, mas só através dos chamados blogs sujos é que vamos lavar essa roupa imunda que está estendida no varal na imprensa hegemônica.
Ganhamos poder e precisamos discutir qual a melhor forma de usá-lo. Eu acho que foi a partir do Caso Watergate que o poder de trazer a tona escândalos que a sociedade precisava tomar conhecimento que essa necessidade tornou-se mais evidente.
Porém, o poder de coeção aos jornalistas também acentuou-se, e a categoria passou a “comer nas mãos” dos empresários do ramo, que não têm nenhum compromisso com a verdade factual.A ameaça de desmprego passou a ser um fantasma que tornou-se um pesadêlo recorrente nas noites insones dos jornalistas.
Esses algozes (os empresários) reclamam, gritam pelo que eles chamam de liberdade de imprensa, quando na verdade o que querem é manter repórteres na função de vassalos que só escrevem o que interessam às suas empresas.
A internet nos deu o poder de influenciar e de gritar que a chamada liberdade de imprensa não é um valor em si. Se ela não estiver diretamente associada às lutas dos seres humanos, e não apenas atrelada aos interesses quase nunca claros dos Estados, das corporações e do capital,essa tal “liberdade” de nada vale.
Portanto,Sendo assim, como querem os empresários, ela deixa de ser uma bandeira de luta. É isso aí. Vamos lavar essa roupa!
Pela liberdade de expressão! Essa é a nossa bandeira!
Uma resposta
É isso aí, Caro Gusmão. Vamos passar a limpo essa história de liberdade de imprensa. Pode parecer um paradoxo, mas só através dos chamados blogs sujos é que vamos lavar essa roupa imunda que está estendida no varal na imprensa hegemônica.
Ganhamos poder e precisamos discutir qual a melhor forma de usá-lo. Eu acho que foi a partir do Caso Watergate que o poder de trazer a tona escândalos que a sociedade precisava tomar conhecimento que essa necessidade tornou-se mais evidente.
Porém, o poder de coeção aos jornalistas também acentuou-se, e a categoria passou a “comer nas mãos” dos empresários do ramo, que não têm nenhum compromisso com a verdade factual.A ameaça de desmprego passou a ser um fantasma que tornou-se um pesadêlo recorrente nas noites insones dos jornalistas.
Esses algozes (os empresários) reclamam, gritam pelo que eles chamam de liberdade de imprensa, quando na verdade o que querem é manter repórteres na função de vassalos que só escrevem o que interessam às suas empresas.
A internet nos deu o poder de influenciar e de gritar que a chamada liberdade de imprensa não é um valor em si. Se ela não estiver diretamente associada às lutas dos seres humanos, e não apenas atrelada aos interesses quase nunca claros dos Estados, das corporações e do capital,essa tal “liberdade” de nada vale.
Portanto,Sendo assim, como querem os empresários, ela deixa de ser uma bandeira de luta. É isso aí. Vamos lavar essa roupa!
Pela liberdade de expressão! Essa é a nossa bandeira!