BLOG DO GUSMÃO

CONTAM POR AÍ…

Do Cia da Notícia.

Os políticos possuem artimanhas que “até Deus duvida”, costumam dizer os analistas e pessoas experientes dos bastidores políticos. E todas esses artifícios são utilizados para sair de situações embaraçosas, como justificativas pelo não atendimento das promessas largamente cumpridas durante as sucessivas campanhas eleitorais.

Para conseguir o voto, além do trabalho dos cabos-eleitorais, os candidatos e os dirigentes de partidos fazem de tudo, desde a simples promessa de promover o bem-estar da população com os serviços públicos até a garantia de empregos. “Como uma parte do eleitorado está desempregada, a promessa é a ‘tábua da salvação’; para a outra parte, o que interessa mesmo é estar ‘mamando nas tetas da viúva’, com todas as forças”.

Mesmo sendo conhecedores das falsas promessas dos políticos irresponsáveis (a grande e consagradora maioria), o eleitor faz vistas grossas, pois também tem suas treitas e manhas para enganá-los. Uma delas é se comprometer com todos os candidatos, garantindo milhares de votos para cada um deles, embora tenha consciência de que nem mesmo o seu será consagrado nas urnas.

Em Itabuna, dois políticos são os que mais utilizam esse expediente para conseguir votos: Capitão Azevedo, que prometia governar com o povo, e Geraldo Simões, com empregos para toda a população, além de um pacote infindável de benesses impossíveis de cumprir. E os dois conseguiram enganar a população.

modus operandi utilizado por Geraldo Simões beira ao escárnio e à zombaria, para não dizer vulgar e ridículo. Assim que o eleitor consegue adentrar o seu gabinete – guarnecido por guarda-costas grosseiros – o que considerado um ato de sorte, após os cumprimentos e elogios de praxe, começa a relatar suas dificuldades de sobreviver sem emprego até quando lembra a velha promessa de um emprego público assim que tomasse posse.

Sem perder a calma, de forma dissimulada, Geraldo Simões reclama de que até que tentou atender à promessa feita ao companheiro, mas diz ter sido ele o culpado, pois queria ter entrado no gabinete junto com os amigos, inclusive ele. Após mais algumas reclamações pelo abandono do eleitor afirma que todos os cargos já estão lotados pelos companheiros que não o abandonaram.

No entanto, se o eleitor for da quota de outro partido, ai a desculpa – mais esfarrapada, ainda – é outra.

– Olhe, companheiro, pensei muito em você, que lutou com muita garra em minha campanha, mas sabe como é, pelo acordo feito, quem indica os companheiros é o partido, que me manda uma lista com todos os nomes. Infelizmente, seu nome não consta delas, o que estranhei. Houve algum desentendimento com os dirigentes? – pergunta fingindo compaixão.

Como não terá o emprego a dar ao companheiro de lutas, se despede argumentando que a política é uma atividade onde grassam as traições, por isso entende a decepção do amigo, mas que vai fazer de tudo para conseguir uma colocação.

– Assim que tiver, mando lhe buscar em casa – despacha mais um eleitor desiludido.

WhatsApp
Facebook
Twitter
Email
Print

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Newsletter
Siga-nos
Mais lidas