
Antes de ser eleito vereador em 2008, o radialista Ricardo Bacelar chamava políticos desonestos de “bandidos”. Era um artífice da moralidade.
Quando assumiu a cadeira no legislativo itabunense, esqueceu tudo o que disse. Adotou comportamento idêntico, à imagem e semelhança daqueles que tantou criticou de maneira impiedosa. Virou mais um.
Quatro anos depois, envergonhado e sem discurso, Ricardo Bacelar sequer disputou a reeleição. Foi pego como membro da máfia dos empréstimos consignados, que falsificou contracheques de assessores para a tomada de empréstimos exorbitantes. O envolvimento resultou no afastamento requisitado pelo Ministério Público Estadual.
Atormentado pela execração pública, informantes garantem que ele estaria à mercê de calmantes (alguns controlados). Sua maior dor de cabeça, seria um sintoma ocasionado pela altíssima prestação de um apartamento comprado durante o mandato, cujo valor beira os dez mil reais.
Ricardo Bacelar está impedido de receber os proventos de vereador que ainda lhe restam, até dezembro próximo, quando o seu mandato será concluído.
