A disputa pela coleta dos resíduos sólidos de Ilhéus segue cada vez mais acirrada.
A empresa que vencer a disputa vai abocanhar um contrato de R$ 19 milhões (pagos em dois anos). O resultado da licitação pode sair amanhã, sexta-feira, 29. Três empresas: Solar Ambiental, Horus e Ferreira Lima permanecem na concorrência.
Este blog teve acesso a alguns documentos que fazem parte do processo licitatório.
Para concorrer na licitação ilheense, as empresas devem comprovar experiência nos seguintes serviços: coleta de resíduos sólidos domiciliares; coleta de resíduos hospitalares; limpeza e desobstrução de redes de drenagem e galerias de águas pluviais (com equipamento de vácuo); limpeza, lavagem e desinfecção de feiras livres e limpeza de praias.
A Horus Empreendimentos e Participações S.A. acusa a concorrente Solar Ambiental de apresentar um atestado “duvidoso” emitido este ano pela prefeitura de Barro Preto.
Como se sabe, Barro Preto não foi contemplada pelo litoral, ou seja, não possui praias, mesmo assim, a Solar apresentou um contrato de serviços que está sendo executado na pequena cidade, como um suposto currículo de experiências.
A Horus sustenta que em Barro Preto, a Solar apenas faz a limpeza urbana e coleta de resíduos. Por estes serviços, ela recebe um valor considerado irrisório, sete mil e quinhentos reais por mês.
O capital social declarado pela Solar também sofre duros questionamentos. Em 31 de dezembro de 2012, o valor declarado era de R$ 410 mil. Neste ano, a empresa fez um acréscimo que atingiu R$ 1.6 milhão. Segundo a Horus, no processo licitatório a Solar não apresentou o contrato que comprova o aumento.
As empresas devem comprovar patrimônio que obrigatoriamente deve corresponder a 10% do valor total do contrato. Segundo a Horus, a Solar Ambiental não conseguiu cumprir este item.
Vale destacar que recentemente a justiça cancelou uma licitação vencida pela Solar Ambiental em Uruçuca (clique aqui).