Por Wilson Gomes/publicado na Facebook
Conversei, neste final de semana, com um sujeito que se autodefinia como conservador de direita. Está feliz e animado com a candidatura de Bolsonaro, não acredita em Temer e admite tranquilamente que toda aquela mobilização de 2015-2016 não teve qualquer coisa a ver com corrupção. Acha que a candidatura de Bolsonaro está crescendo e que isso está deixando a elite, inclusive a elite midiática, furiosa. O que é muito bom e um sinal de que “o mito” está no caminho certo. Acha que assim que a candidatura de Lula for definitivamente impedida, não haverá outra força política a conter o seu candidato. Quando lhe contestei que, a rigor, Bolsonaro não tem muita coisa da direita republicana, como o antiestatismo, políticas de austeridade fiscal e ênfase na liberdade dos mercados, chegamos à conclusão de que o que lhe interessa é o conservadorismo moral e a sua posição autoritária sobre lei & ordem. A pauta eleitoral do meu coleguinha da direita conservadora é segurança pública, a certeza de que uma mão forte do Estado pode resolver o problema e a convicção de que apenas Bolsonaro pode prometer uma alternativa crível neste sentido.