Eu lembro a festa que foi o dia 17 de dezembro de 1989. Collor acabara de derrotar nas urnas a ameaça comunista representada por Lula. “Eles não vão mudar as cores da bandeira do Brasil!”, berrava o recém-eleito, o mesmo que berrara durante a campanha. “A nossa bandeira é verde e amarela!” berravam os “colloridos” (chamavam-se assim) nas ruas. Lembro de bandeirolas e ruas pintadas de auriverde como se fosse final da Copa e o Brasil tivesse vencido os vermelhos, os vagabundos, os arruaceiros do PT.
Está acontecendo o mesmo diante dos meus olhos no Twitter e no Facebook neste 24 de janeiro de 2018. Nas ruas, não, que Salvador não é Curitiba nem Porto Alegre. Mas a celebração é a mesma, com os mesmo temas e termos. A sensação de déjà vu é dominante.
Wilson Gomes é professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Texto publicado no Facebook do autor.
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