Um dos rivais políticos do lulismo, o Movimento Brasil Livre (MBL) lançou campanha para pressionar a ministra Rosa Weber a votar contra o habeas corpus do ex-presidente Lula. Membros do grupo divulgaram o telefone do chefe de gabinete de Weber nas redes sociais.
As especulações sobre o julgamento indicam placar apertado.
A julgar pelo posicionamento dos ministros a respeito da execução da pena a partir da segunda instância, Lula deve ter contra o seu pedido os votos de Barroso, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Luiz Fux e Alexandre de Moraes. Do lado oposto, Celso de Mello, Marco Aurélio, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.
No “Dia D”, a turma garantista da corte terá a ausência do seu representante mais emblemático, Gilmar Mendes. O ministro viaja no início do próximo mês para um evento acadêmico em Lisboa. Isso tornará impossível a sua presença no julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal, marcado para o dia 4 de abril.
Entretanto, como o empate favorece o réu, independente da viagem de Gilmar, a expectativa recai sobre a decisão da ministra Rosa Weber. Daí a pressão do MBL.
Confirmado o cenário descrito acima, caso a ministra vote a favor de Lula,o empate salvará o petista da prisão, pelo menos, até o esgotamento dos recursos nos tribunais superiores.