Estamos formandos engenheiros, juristas, médicos, professores, pesquisadores, etc. No entanto, não é visível um crescimento, igualmente, do mercado de trabalho para abarcar estes profissionais, estes jovens que vê na Universidade/Faculdade a “força motriz” para melhorar a qualidade de vida, para saírem do subemprego, do mercado informal, do desemprego, etc.
Por: João José.
Na última década às cidades de Ilhéus e Itabuna agregaram um significativo número de Instituições de educação superior – IES, fator este que contribuiu para um “desenvolvimento da região”. Quem tinha idade de cursar universidade nos anos anteriores a (2000), sabe a dificuldade que era de adentrar ao ensino superior nesta região.
Neste texto centralizo o eixo Ilhéus-Itabuna, como vetor de ampliação de educação superior, da ciência, da pesquisa e da extensão. Esta região tem uma universidade estadual, estadualizada na década de 90, que está em classificação positiva pelos institutos que avaliam a educação superior a nível Nacional e Internacional, o episódio da Universidade Estadual de Santa Cruz .
É imprescindível citar um dos maiores centros de pesquisa na área de agricultura do Brasil, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira- CEPLAC, também, instalada entre as duas maiores cidades do Sul da Bahia. É visível o crescimento da educação superior, nesta região, sobretudo, com a chegada da Universidade Federal do Sul da Bahia, dando um novo viés ao modelo IES na região.
Além de Institutos federais de educação, ciência e tecnologia, assim como, o sistema “S”, estes dois últimos apresentaram expressivas contribuições à formação de mão de obra para o mercado de trabalho. Abarcam, ainda, a este bojo universitário as instituições de educação superior privadas ( presenciais e a distância), estas teve e continuam tendo papel crucial no impulsionamento de colocar os componentes das camadas populares nos “bancos” da universidade/faculdade.
Embora não se conseguirá que a educação superior modifique a face dos problemas existentes na região CACAUEIRA, caso não houver oportunidade para um número muito maior de cidadãos ter acesso a esse nível de ensino, inclusive, com políticas afirmativas e sociais para manter este público nas IES , o que, na verdade, exige a assunção de uma política corajosa de financiamento e de estratégia para a educação superior.
Todas estas instituições de IES, no eixo Ilhéus-Itabuna reúne uma pluralidade de estabelecimentos educacionais, tanto públicas quanto privadas, cada uma ao tempo e método se complementam, especialmente, com a implantação de novas instituições, com a oferta de uma gama de cursos nas mais diversas áreas como direito, medicina, odontologia, engenharia, fisioterapia, contabilidade, pedagogia e outras profissões.
Estas universidades e faculdades atraíram centenas de professores, além de estudantes oriundos de outras cidades, que movimentam o mercado imobiliário, o comércio e o setor de serviços, motivando uma demanda crescente em todas áreas empresariais da região. Assim sendo, foi criado inúmeras perspectivas, a maioria utópicas, de geração de emprego e renda, atraindo investimentos para a área de ensino e de infraestrutura, abrangendo habitação, hospedagem, alimentação, lazer, segurança, etc.
Dito isto, até mesmo, com o grande debate que está se construindo na atual conjuntura para se criar o Polo Universitário no Eixo Ilhéus – Itabuna, me surge uma pergunta, estes milhares de municípios que estas duas cidades recepcionam através das IES, criaram mecanismo para tentar absorver esta mão de obra formada na diversidades de cursos?
Estamos formandos engenheiros, juristas, médicos, professores, pesquisadores, etc. No entanto, não é visível um crescimento, igualmente, do mercado de trabalho para abarcar estes profissionais, estes jovens que vê na Universidade/Faculdade a “força motriz” para melhorar a qualidade de vida, para saírem do subemprego, do mercado informal, do desemprego, etc.
João José é graduado em Ciências Sociais, Mestrando em Educação, Especialista em Planejamento de Cidades, Gestão Municipal e História do Brasil.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Blog do Gusmão.