Notinhas.

Se a verdade fosse um quarto zagueiro, o atual secretário de saúde de Ilhéus, Geraldo Magela, seria um Neymar da vida.
Magela foi secretário de saúde de Teixeira de Freitas e quando deixou a pasta, em setembro de 2010, foi denunciado por deixar uma dívida de R$ 10 milhões. O então prefeito da cidade, Padre Aparecido, o chamou de mentiroso publicamente.
Como secretário de saúde de Itabuna, no final do governo do Capitão Azevedo (2009-2012), teve passagem muito contestada, não deixou saudade e foi acusado de agredir uma sindicalista.
Como competência não é critério para o prefeito Mário Alexandre, Magela assumiu o comando da saúde de Ilhéus em julho de 2018.
Pessoas que trabalharam com Magela afirmam que ele tem o costume da “palavra flácida” e gosta de “pregar peças”. No dia 05 de abril deste ano, disse que desconhecia o contrato firmado com uma “bodega” de Coaraci para o fornecimento de R$ 500 mil convertidos em álcool gel. O Diário Oficial do Município o desmentiu, pois no dia 24 de março publicou a homologação do contrato assinada pelo próprio secretário de saúde.
A mais nova “meia verdade” de Magela diz respeito à Covid-19. Na última quinta-feira, 7, ele afirmou que Ilhéus tinha 267 casos confirmados da doença (123 pessoas em isolamento domiciliar e 144 altas médicas). A soma do secretário passaria pela “prova dos nove” se não fosse por um detalhe. E o número de 11 mortos?
Na pressa de inflar o total de altas médicas e espalhar notícia positiva, Magela excluiu a quantidade de óbitos da relação de casos confirmados.
Especialistas em Vigilância Epidemiológica ouvidos pelo BG disseram que o número de mortos é parte do total de casos confirmados.
Sendo assim, concluímos que, mais uma vez, Magela faltou com a verdade.
Ouça essa notinha narrada por Emilio Gusmão.
