
No dia 16 de agosto, publicamos uma reportagem sobre o drama vivido pela senhora Raimunda da Silva Delfino (70 anos), mãe de uma moça com problemas mentais, e que por esse motivo, a agride quase todos os dias (leia aqui).
Os ataques constantes de Rita (a filha) forçaram a idosa a buscar amparo e a dormir em casas de vizinhos. O caso teve ampla repercussão na redes sociais entre moradores de Ilhéus.
Quase um mês depois, a situação de Dona Raimunda seria a mesma se não fosse a clínica dirigida por um pastor evangélico.
No último sábado (11), a equipe da clínica conseguiu levar Rita para ser internada. Para isso, as pessoas que a conduziram se identificaram como policiais (único jeito de torná-la obediente).
A mãe terá que pagar oitocentos reais por mês, já que a Secretaria de Saúde de Ilhéus em nenhum momento se mobilizou para ajudá-la.
Apesar do custo, Dona Raimunda está satisfeita já que poderá voltar para casa e não mais será agredida.
O caso relatado pelo BG mostra que em Ilhéus, o desamparo aos familiares e às pessoas com problemas mentais é uma política pública insensível e perversa. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) funcionam basicamente para distribuir remédios (quando têm) e marcar consultas esporádicas e quase raras.
Não é a primeira vez que publicamos casos de sofrimento como este (veja aqui).
Uma resposta
Governo de Mentiras. Eita povo sofredor esse de Ilhéus