BLOG DO GUSMÃO

SOCORRO COMENTA TEXTO DE MIRINHO

Socorro Mendonça, ativista social e ambientalista, decidiu comentar o artigo de Aldicemiro Duarte (Mirinho), coordenador do COESO, publicado no Pimenta.

Não é um embate pessoal. Trata-se de uma discussão, respeitosa e bem fundamentada, que gira em torno de opiniões divergentes sobre o Porto Sul.

Vale a pena conferir. O texto em fonte preta é de Mirinho. As partes em vermelho pertencem a Socorro.

PORTO SUL E CIDADANIA

O PORTO SUL É UM ENGANO!

A definição do Porto Sul não somente como um empreendimento de logística, mas como uma política de Estado, é provavelmente um dos maiores acertos do governo Jaques Wagner. Deste porto, muito já se falou e se tem falado, como de sua importância para facilitar o escoamento de diversos produtos, por meio da conexão com a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), projetando-se uma movimentação de cargas de 75 milhões de toneladas por ano. Anunciam-se mais de 4 mil empregos diretos na construção e operação e outros tantos indiretos (três vezes mais), além de um incremento na receita tributária de Ilhéus, e é sabido que os benefícios ultrapassarão as fronteiras ilheenses, criando um efeito virtuoso de amplitude regional. Mas o porto é, sem sombra de dúvida, muito mais do que isso.

Na realidade, de acordo com o EIA, os empregos gerados (MOD – Mão de obra + MOI – Mão de obra indireta) são 2030 empregos no pico da obra por apenas 3 meses, pois no trimestre seguinte este número cai para 1570 empregos. Confiram na página 14 do RIMA.

Não se pode pensar no Porto Sul olhando para os empreendimentos do passado, quando a execução se dava de qualquer maneira, sem preocupação com os impactos ambientais e sociais. A maturidade democrática e o processo de fortalecimento institucional que o Brasil vive tornam necessária e bem-vinda toda discussão, e o debate favorece a construção de modelos não somente economicamente positivos, mas também socialmente justos e ambientalmente responsáveis. Este é o tripé da sustentabilidade que anda de mãos dadas com a democracia.

A definição de sustentabilidade está correta. No entanto, a prática não tem sido justa e não será ambientalmente responsável, ainda que seja economicamente viável. Portanto é INSUSTENTAVEL!

Um empreendimento que tem 86 impactos negativos e apresenta como cuidados, programas de monitoramento, é no mínimo uma piada! As condicionantes da FIOL, sequer foram cumpridas, por isso a obra foi embargada. Entretanto, nós sabemos que continuam desrespeitando a tudo e a todos. Temos como exemplo, a visita feita por prepostos da Valec, na Vila de Campinhos, quando os moradores receberam um aviso “saiam para outro lugar, pois o trator irá passar por cima das suas residências”.

A secretária estadual da Casa Civil, Eva Chiavon, afirmou recentemente que o Porto Sul abrirá caminho para diversas políticas públicas. Ela lembrou que hoje não se constrói um porto e uma ferrovia sem promover um conjunto de ações para que tais projetos tragam em si a possibilidade concreta de melhoria das condições de vida das comunidades situadas em seu raio de influência. Logicamente, um governo que tem como slogan “País rico é país sem pobreza” jamais pensará em desenvolvimento econômico dissociado de um efetivo progresso social.

Eu gostaria de acreditar no que é dito pelo governo, mas só leio e ouço propagandas enganosas. Propaganda é diferente de realização. Um governo que retira agricultores tradicionais de seus espaços, para dar lugar a uma empresa que está fazendo “UM NEGÓCIO DA CHINA PARA A CHINA”, deve ser analisado com mais cautela. Este mesmo governo abandonou o Porto do Malhado, pois não consegue recursos para uma dragagem de manutenção.

No caso do Porto Sul, o compromisso com a melhoria dos indicadores sociais da região está manifesto na forma como se dão as discussões em torno do projeto e nas ações já em andamento ou prontas para ser executadas, por iniciativa do governo e do parceiro privado do Porto Sul. A intenção de priorizar a contratação de mão-de-obra local e de transformar a antiga área do projeto em unidade de conservação reflete a sintonia da proposta com aspirações de caráter tanto social, quanto ambiental.

A região de Aritaguá tem pelo menos 2000 pessoas que serão desempregadas. Elas não têm a formação escolar exigida, que é o ensino fundamental completo. Quem as empregará? Transformar uma área em Unidade de Conservação Integral, ou aplicar o mínimo de 0,5% do valor total do empreendimento, reflete apenas o cumprimento do que é exigência legal. Está na Lei do SNUC que é uma Lei Federal de Nº 9.985/2000 e o seu caráter é apenas ambiental.

É sintomático que a apresentação do projeto Porto Sul em Ilhéus, no dia 10 de outubro, tenha reunido os secretários estaduais da Casa Civil, dos Portos e o de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. A presença de Almiro Sena, titular desta última Secretaria, foi como uma mensagem implícita de que, para o governo Wagner, as questões econômicas andam juntas com as questões da cidadania.

Lapidar o entendimento de Almiro Sena, um promotor de justiça, de que o Porto Sul “pode representar uma conquista de direitos e de efetivação da cidadania” e que isso depende em muito da capacidade da sociedade local de debater e construir. O secretário prosseguiu, afirmando que a premissa dessa discussão é o compromisso com algo maior. E ele perguntou, desafiando cada um dos ouvintes à reflexão: “a quem pertencerá o futuro dessa terra?”.

Eu concordo com o autor do artigo quando lembra as palavras do Almiro Sena, pois a indignação de tanto gasto do nosso dinheiro para atender interesses de um empreendedor privado, realmente provocou a efetivação da cidadania, mas a discussão pública ainda não aconteceu.

Almiro Sena, um homem atento aos flagelos sociais, distanciou-se das demandas de infraestrutura e da logística e tocou direto em um ponto que tanto preocupa Ilhéus e praticamente todas as cidades desse País. Lembrou que nossas famílias estão expostas à indústria do tráfico de drogas e que a ação policial, apenas, não resolve o problema. Para contrapor essa economia da droga – diz o secretário –, é necessário desenvolver políticas públicas e investir em empreendimentos reais, que viabilizem oportunidades de inclusão e de ascensão social.

O Sr. Altamiro Sena antes de fazer o seu pronunciamento e afirmar que esse tipo de empreendimento solucionará os problemas sociais, deveria ter lido o que está acontecendo no Xingu  (Violência Sexual contra criança e adolescente aumenta em 138% com Belo Monte). Empregar poucos não é inclusão social. Aqui nessa Região, temos tudo que é necessário para que aconteça a inclusão social e distribuição de riquezas de fato. Ao contrário, este empreendimento é SOCIALMENTE INJUSTO, exatamente por ser excludente e enganoso.

A quem pertencerá o futuro dessa terra? Quem responde é o próprio secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos: “o futuro pertence a todos nós, que o estamos construindo”. Complementamos: pertence sobretudo aos ilheenses, que, em sua maioria, já disseram sim ao Porto Sul. E disseram por entender a importância desse projeto para que Ilhéus e região reencontrem o caminho do progresso, tanto econômico quanto humano.

A maioria dos ilheenses deseja o que disse o Professor Rui Rocha, em entrevista ao Blog do Gusmão: “O que a população quer nós queremos também. Ela quer emprego, desenvolvimento e melhoria de vida. Quer a região fora de uma situação de crise. Nós, por uma questão óbvia, queremos o mesmo. Nós temos, inclusive, uma pauta de desenvolvimento que realmente trabalha a questão do emprego e da qualidade de vida. O que aconteceu nesses últimos anos foi uma propaganda violenta do governo, que colocou outdoors afirmando que a região terá dezenas de milhares de empregos, que vai ter capacitação pra todo mundo, que vai sair do marasmo e que esse projeto vai ser a salvação da lavoura. A gente observa que isso não é verdade”.

Aldicermiro Duarte é coordenador do Comitê de Entidades Sociais de Ilhéus e Região (Coeso)

Maria do Socorro Mendonça – Diretora de Relações Institucionais do Ação Ilhéus e acima de tudo, apenas cidadã.

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Respostas de 17

  1. Muito bem Socorro, parabéns pela (des)construção do texto.
    Mais uma vez “mostramos” como se realiza um debate de alto nível.

  2. Os Coronéis de areia e o Porto Sul…

    Quando ouço pessoas criticar a implantação do Porto Sul fica patente que tudo não passa de uma estratégia da combalida e desesperada classe dos cacauicultores (leia-se coronéis) falidos de Ilhéus.
    Esses “fazendeiros” criaram seus filhos com todos os “mimos de Rei”, depositaram fortunas em suas contas bancárias quando estes moravam no Rio de Janeiro ou em Salvador para concluir (?) seus estudos (embora saibamos que a grande maioria destes nunca chegava nem próximo aos campi universitários à época), e a farra rolava solta e os empréstimos bancários eram igualmente exorbitantes, afinal o cacaual estava cacauando (como diria Delfim Neto na sua incursão pelo Ministério da Agricultura). Pois bem, hoje se vislumbra uma real possibilidade de recuperação econômica da região Sul da Bahia através da chegada do Porto Sul, não obstante, esses velhos “coronéis” teriam que conviver com uma nova sociedade se organizando em torno de uma coisa absolutamente desconhecida deles que é o TRABALHO! Filhos desqualificados, herança comprometida até a décima geração, como segurar a pose? E ainda ter que assistir os novos “Candangos” construir riqueza em cima do ócio celebrado, é demais pra essas cabeças equivocadas das terras de Gabriela.
    O que incomoda mais é o fato de sentirem que serão expurgados do processo pela falta de competência no novo “negócio”, os filhos carregarão pedras pros novos faraós e isso mostrará a CARA dos falidos!
    Senhores coronéis, pensar Ilhéus do tamanho de suas cabeças já não cabe mais no contexto, querer uma cidade bucólica com a economia baseada na pesca é no mínimo retrógrado, depositar suas expectativas no poder público municipal como fonte geradora de emprego e renda é um modelo absolutamente incompatível com a realidade que se apresenta em toda Bahia e no Brasil, portanto, desçam de seus tronos esfarrapados, arregacem suas mangas, larguem o discurso preguiçoso e façam por seus netos o que não conseguiram fazer por seus filhos!

  3. A defensora do “meio e ambiente” Socorro, prova mais uma vez que desempenha bem o seu papel de defensora da natureza, pena que alguns de seus argumentos contestatórios ao texto do legitimo cidadão ilheense, Mirinho, possui o contéudo recheado de dados enganosos e suposições tendenciosas.

    Em Aritaguá 2000 desempregados? é demais para meu minusculo raciocinio essa informação.

    Em Campinhos,tratores irão passar por cima de quem ficar na frente. Essa afirmação com certeza originou-se de algum disse me disse de esquina.

    Aumento da violência sexual no Xingú em 138%? quais são as bases numéricas para o cálculo? quais dados comprovam que a causa principal é a construção de Belo Monte? Com certeza foram passadas pelas ONGS que tentam barrar a conclusão dos projeto Belo Monte. Todas originárias e financiadas por grupos dos Estados Unidos (pesquise e leia os relatórios da ABIN).

    Afirmar que a maioria da população de Ilhéus tem os mesmos desejos do sr.Rui Rocha, podemos até concordar com a afirmação, porém, a maioria esmagadora da população, incluindo aí aqueles que nunca ouviram falar em Rui Rocha e outros defensores do “meio e ambiente”, não concordam com os caminhos que o sr.Rui Rocha e seguidores estão trilhando.

    O mais interessante de toda a ação dos ambientalistas que lutam contra o FIOL, é a afirmação de que possuem projetos alternativos ao que está sendo proposto. Que projetos são esses que apenas apareceram agora? será que estavam guardados em algum baú bem trancado, e somente agora foram encontradas as chaves e o abriram? “genial, acharam a solução para os problemas do nosso povo”.

    O mais interessante de toda a história, é que, todos que estão na linha de frente sabem que, quem os financia, apenas querem proteger seus interesses comerciais, ameaçados por diversas obras espalhadas pelo nosso País que indiscutivelmente possuem a finalidade em solucionar questões relativas a produção e escoamente das nossas riquezas.

  4. Agora dona Socorro é contra o Gbarbosa, é por isto que Ilhéus esta nesta crise, tem gente que só sabe ser contra tudo, como se fosse o dono da verdade. Precisamos de contrapartida, de Ponte Sul, de esgotamento sanitário da zona sul, limpeza da Baía do Pontal, resolver o problema do bairro São Miguel, Vilela, dos manguezais, etc. Isto eu não vejo os ambientalistas falarem.

  5. Sr. Jorge Luis, em primeiro lugar, cidadão é todo aquele que habita em uma cidade e assim todos são no mínimo legístimos. Não me consta que existam cidadãos ilegítimos. Estranho este seu conhecimento!
    Eu não me baseei em insinuações tendenciosas. Ao contrário eu me baseio no estudo apresentado e disponível para qualquer cidadão deste País, basta tão somente que o Senhor se permita ler e verá que escrevi apenas a verdade apresentada pelos empreendedores.
    As pessoas que vivem naquela Região, também vivem daquela Região, pois ali plantam, colhem e vendem gerando sua própria renda. Saindo dali, sem nenhuma formação, serão os desempregados. Certamente o Senhor não sabe mesmo, pois demonstra total desconhecimento de tudo.
    O relato feito pela Senhora sobre o que disseram os preposstos da VALEC, não o fizeram apenas para mim. Além de mim, estavam ali o Israel Nunes, o Sr. Adelício, o Sr. Domingos, o Sr. Luzenaldo, o Sr. Thales e um representante do MLT. Assim, não existe inverdade. O aumento da violência no xingu, são dados do próprio governo e é neste mesmo governo que exigem que acreditemos. Os dados são verdadeiros.
    Quanto ao mais, o Senhor tem o direito de achar o que quiser, exceto dizer que os dados que apresento não são verdadeiros.
    Passar bem. Sugiro que leia os documentos disponíveis. Assim, da próxima vez poderemos de fato discutir as idéias.

  6. Mirinho vs. Socorro Mendonça,

    Pelo menos o nível do debate melhorou. Mas Socorro tem uma bandeira legítima e o Sr. Mirinho, para mim, precisa se envolver em alguma coisa, mas tem o raciocínio muito confuso. esse Porto Sul não pode ser abraçado às “cegas”. Os representantes do governo vão ganhar na base do rolo compressor e somente pessoas como Socorro enfrentam paradas supostamente perdidas. Isso sim é bandeira! Sugiro ao Sr. Mirinho que faça algo mais concreto pela cidade do que só seus escritos que são muito longos e repetitivos. Portanto, deixo a minha opinião clara, com apoio à tese de Socorro e contra as pieguices “Mirinhobolantes”, pela sua singularidade: começa sabendo que vai perder a batalha, mas sabe que o importante é vencer a guerra. E esta guerra começou a ser vencida pelos ambientalistas, afinal, quem conquistou os maiores avanços nos últimos tempos?

  7. MIRINHO RESPONDE:
    Não é a primeira vez que um texto nosso é contestado analiticamente pela sra. Socorro Mendonça, que usando do livre direito de manifestar-se, respeitosamente, registre-se, tenta infrutiferamente, desempenhar o seu papel de oponente ao empreendimento intermodal porto sul. Ressalvamos apenas que essa sua ação contestatória ao nosso texto não é um debate, como assim estão a considerá-lo. Na verdade, ao debate na TV Cabrália para discutir a instalação do empreendimento e os seus efeitos, eu(mirinho) e Gerson Marques comparecemos no dia, hora e local desginados. No entanto, a sra. Socorro Mendonça e o professor Rui Rocha não se fizeram presentes, para explanar sobre as razões da oposição que fazem contra ao porto sul.

    Quando olhamos a nossa Ilhéus que vem sofrendo impactos ambientais há mais de 30 anos, sem que os líderes contestantes do porto sul, todos com no mínimo 50 anos de idade, surgem agora do nada, com o fim precípuo de tentar obstaculizar um empreendimento que significa a redenção sócio-econômica regional, usando a tese de defender um Meio Ambiente que nunca defendeu, é preferível não atritarmos, nem mesmo ideologicamente, uma vez que confiamos no IBAMA como o juiz da causa ambiental.

    Quando a senhora Socorro Mendonça na sua contestação cita a constatação de 86 impactos negativos sem informar que para tais impactos existem medidas capazes de neutralizar alguns, mitigar outros tantos e que o mínimo desses impactos são deveras não mitigáveis, bem como, incluem-se nessas medidas as compensações, não se pode considerar, “permissa vênia”, leal, essa forma de atuar.

    Quando refletimos que nesse pouco mais de ¼ de século a economia regional combaliu com a crise da cacauicultura e nenhum dos opositores do porto sul teve a idéia de apresentar um projeto capaz de revitalizar essa economia e, ainda, se contrapõe a um empreendimento que induvidosamente, assegurará o futuro da nossa atual juventude, não há como acreditar na ação anti-intermodal porto sul.

    Quando vemos o professor Rui Rocha contribuindo para com a formação e a qualificação de centenas de estudantes de uma das melhores Universidades do país, a UESC, cujos estudantes ao concluírem os seus cursos, diante da falta de mercado de trabalho vão aplicar os conhecimentos aqui aprendidos e apreendidos em outras regiões para sobreviverem com dignidade, consideramos como ilógico e contraditório o comportamento do professor, em contrapor-se ao porto sul, um equipamento gerador de emprego, ou, no mínimo estranho o seu comportamento de não apresentar alternativas para fixar aqui os seus alunos, assegurando-os emprego e trabalho.

    Quanto aos empregos a serem gerados já que tem causado tanto espanto, convidamos a nos basear no passado, fixando-nos no período dos anos 80/87. Lembra-se que no porto do malhado diariamente tínhamos 03 navios atracados em plena operação com carregamento de cacau e de outros produtos, enquanto 05/06 navios aguardavam ao largo para atracar? Lembra-se quantos sindicatos atuavam no porto do malhado 24 horas ininterruptas? Lembra-se quantas agências bancárias, quantas agências de navegação, quantas empresas compradoras de cacau, quantas cooperativas, quantas casas comerciais, quantos bares, quantos restaurantes, quantas lavanderias, quantas lojas de discos, quantas farmácias, quantos órgãos do governo tinham sede em Ilhéus, etc.?Concordam que com a crise do cacau tudo isso desapareceu? Imagine quantos empregos diretos e indiretos o porto do malhado gerou enquanto a cacauicultura permaneceu pujante? Sabia que com a instalação do porto sul, obrigatoriamente o porto do malhado será reativado, no inicio para servir de suporte ao primeiro e depois como complemento? Sabia que lá atracarão navios a partir de 150 mil toneladas e cá, não terá capacidade de atracação para embarcações acima de 70 mil toneladas, mesmo com a profundidade máxima projetada para 14 metros? Que lá, no porto público, além de grãos, o klinquer, também será escoado o etanol, etc, enquanto cá, uma vez revitalizado continuará com a importação do cacau, a exportação de minérios, de soja, de celulose, algodão, etc.?

    Se o porto do malhado de porte imensamente inferior ao porto sul atraiu tantas empresas, gerou milhares de empregos, por que o porto sul, mesmo considerando a modernização e a automação, não atrairá um número maior dessas empresas, além de aumentar o quadro de funcionários das empresas já existentes?

    Diante disso, para que a sra. Socorro Mendonça tenha a noção do “quantum” a atividade portuária contribui efetivamente para com a geração de empregos, sugerimos que a mesma resolva o problema abaixo:

    Tomando-se por base o período 80/87, no porto do malhado operavam os sindicatos dos estivadores, dos portuários, dos vigias portuários, dos conferentes, dos bloquistas e dos arrumadores, no sistema de 24 horas diárias(geração de empregos). Atuavam ainda nas dependências internas do porto os fornecedores de ranchos para os navios, as lavadeiras, os caminhoneiros, uma lanchonete, uma vendedora de mingaus, etc(geração de empregos). Considerando um terno de estiva operando com guincho de terra com composição de 01 contramestre de porão + 08 homens de porão + 02 portalós + 01 forrador; considerando que as operações no embarque de cacau e de outros produtos pelo referido escoadouro eram realizadas ininterruptamente em 03 navios atracados trabalhando em dois períodos( dia e noite), cada um navio, com 03 ternos por período e para cada período acrescia-se ao terno um contramestre chefe; considerando que essas operações eram continuas, visto que enquanto 03 navios estavam atracados em plena operação, 05/06 embarcações aguardavam ao largo, permanecendo essa movimentação, durante todos os meses de cada ano; pede-se:

    I – a) – a quantidade de ternos operosos nos três navios, em cada turno; b) – a quantidade de operários estivadores por navio e, conseqüentemente nos 03 navios, em cada turno; a quantidade de operários operosos a cada 24 horas, nos três navios e nos dois períodos; c) – a quantidade de homens/mão de obra/mês.

    Observações: resolvido o problema ter-se-á a demanda da mão de obra/homem/mês, somente em relação ao sindicato dos estivadores.

    Uma vez reativado o porto do malhado e considerando a modernização e a automação, a quantidade de operários estivadores/mês será reduzida em torno de 35%. Ainda assim, de logo, só em relação à estiva o porto sul terá assegurado acima de 3.500 empregos. E, quanto aos demais sindicatos que atuarão dentro do porto do malhado? Será que as empresas que se foram com a crise da cacauicultura, as agências bancárias, de navegação, os estabelecimentos comerciais, hotéis, pousadas, restaurantes, os órgãos do governo, etc não retornarão? Será que novas empresas não se instalarão também em razão do porto sul? Não estamos nos referindo à fase de instalação, mas de operação.

    Reiterando a nossa tese, a instalação do porto sul e conseqüente reativação do porto do malhado, assegurará direta e indiretamente mais da metade do número de empregos anunciados no texto. Não se trata de projeção, nem de previsão que dependa de mãe de santo. É só pesquisar e tirar as suas próprias conclusões.

    Porto Sul, Sim!

  8. A senhora sabe muito bem o significado que procurei atribuir a afirmativa “legitimo cidadão”.

    Quanto as informações citadas pela senhora, a origem e a forma como são colocadas algumas delas, nos levam a concluir que são tendenciosas e originárias, provavelmente de fontes duvidosas, algumas citadas em seu texto.

    Quem conhece os “subterrâneos” das ONGS entendem muito bem o sentido dos meus e seus argumentos.

    O seu conselho para procurar ler mais a respeito, até agradeço, mas minhas atividades profissionais não permitem dedicação de tempo maior. Dedicação exclusiva, é apropiada para quem é profissional do ramo, e esse não é o meu caso.

  9. Senhora Maria do Socorro, o debate de alto nível é importante, mas é preciso evitar afirmações sem provas, como essa de que alguém da Valec teria dito em Campinhos que o trator passaria por cima das residências. Aliás, essa história de trator passar por cima é uma bobagem recorrente, inspirada numa frase infeliz do ex-diretor presidente da Valec, o Juquinha Neves. Depois que ele, numa bravata, disse que quem ficasse na frente da Valec seria atropelado pelo trem, a história saiu do âmbito da farromba e ganhou status de lenda urbana (ou rural, sei lá). Agora, tem sempre alguém dizendo essa história de tem passar por cima das pessoas ou das casas, mas ninguém provou essa bobagem, o que significa apenas uma coisa: quem diz isso é leviano.

  10. Ilheus tem dessas coisas, basta a fumaça do desenvolvimento chegar em Ilhéus que seu “intelectuais” de plantão atacam e inviabilizam o empreendimento, que visão riducula, viva Ilhéus, com redução de investimento e de população, com o indice de desenvolvimento humano abaixo da média nacional, vamos cultuar a pobreza em nome da vaidade.

  11. Eu gostaria de pedir a Mirinho que relatasse nesse espaço os impactos negativos previstos no relatorio de impacto ambiental da BAHIA MINERAÇÃO e os qualificasse nos termos citados acima.
    Tipo os que ele acha que tem como corrigir, os que ele acha que o dinheiro paga e os que realmene nao tem como corrigir.

    NAO ESQUEÇA DO QUEBRA MAR.

    Mirinho vamos para o RELATÓRIO DE IMPACTO!(VOCE LEU?)

    ATÉ HOJE A JUERANA NAO RECEBEU A SUA VISITA PARA APRESENTAR O TAO SONHADO RELATÓRIO.
    A Juerana nao entra no seu roteiro de visitas por que?
    Visitas abertas e em lugares publicos, nao fechadas para grupos favoráveis.

    VAMOS PARA O REATÓRIO!!!

    PAULO EMILIO

  12. Socorro Mendonça, bom dia

    Sua luta é verdadeira, assim como sua capacidade de convencimento, continue assim, força grande guerreira.
    Estamos juntos, não adianta o falso progresso chegar em desarmonia com o Ambiente.Essa obra é para encher os burros de dinheiro dos PeTralhas.
    Abs,

  13. Aproveito a oportunidade para parabenizar GUSMÃO por sua competencia e por nesse espaço provar para os demais meios de comunicação que fazem parte da rede de campanha da BAHIA MINERAÇÃO o que é realmente um espaço DEMOCRÁTICO.

    Principalmente em blogs pois esses espaços foram negados e a discursão verdadeira foi abafada. Não colocam comentários que vao de encontro aos interesses da MINERADORA ou quando colocavam era dias depois quando ninguem mais estava interessado em acessar aquela reportagem.

    Parabeens!

  14. nos chamem de burros , de analfabetos , de ignorantes…

    mas, uma coisa é CERTA , o porto sul vem sim !!!

    a,e,i,o,u não vão ganhar para o povo da região sul.

    milhares de pessoas formadas, pós graduadas estão desempragadas nessa região, inclusive eu. pq vcs não mostram isso ? interesseiros , oportunistas…

  15. CERTAMENTE A BATALHA ESTÁ PERDIDA, E LOGO, LOGO, QUANDO ILHÉUS DEIXAR DE SER UMA CIDADE QUASE TURÍSTICA (POR INCOMPETÊNCIA DOS ADMINISTRADORES), PARA SE TORNAR UMA CIDADE INDUSTRIAL…PORÉM COM POUCOS TRABALHADORES. LEMBRAM-SE DA VERACEL NO EXTREMO SUL? NO INÍCIO TUDO É COLORIDO, DEPOIS FICA TUDO CINZENTO (NO CASO DE ILHÉUS), POIS A VERACEL CONSEGUIU DEIXAR TUDO VERDE.

  16. PÔ Gusmão, Aldicermiro não disse, discursou, que coisa mais cansativa,enfadonha; quer ganhar na base do cansaço. Assim o outro desiste: muito longo, muito repetitivo e inflamado. Vamos ser mais objetivos nos argumentos: não ganha quem fala mais; mas que fala o que o necessário, somente o necessário. O extraordinário é demais e tudo demais é sobra. E, ao invés de convencer, enche o saco!

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